JULGAR...

Vivemos a julgar as pessoas

Como expectadores da vida alheia,
julgamos diáriamente
os gestos e atitudes do nosso próximo.
Quem diz que nunca julga,
não é honesto consigo mesmo.
Quando fazemos um comentário,qualquer que seja,
estamos a julgar.
Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal
sobre alguma coisa, fato ou alguém,
estabelecemos um julgamento,
justo ou injusto.
E quando somos nós o centro da platéia,
pedimos clemência, tolerância,
imploramos interiormente
para que se coloquem no nosso lugar
e tentem entender nossas ações ou reações.
Colocar-nos no lugar dos outros para os entender,
seria entrar-lhes coração e alma,
sentir as suas emoções, vestir sua pele.
Impossível...
Cada um de nós é único
Deveríamos, todos,
ter um espelho da alma,
para que nos pudéssemos ver
antes de julgarmos os outros.
Sentiríamos, provávelmente,
vergonha dos nossos pensamentos.
Se houvesse uma camara
capaz de revelar aos outros
os nossos pensamentos diários,
iriamos estar sempre a fugir.
Quando alguém sofre
porque está a atravessar um caminho pedregoso,
dói não apenas a passagem por esse caminho,
mas também o olhar dos outros,
que condenam sem piedade,
As pessoas esquecem-se fácilmente
que tiveram um passado que,
mesmo se correto,
nunca foi um lago de água transparente,
porque puras,
só as criancinhas... E ninguém pode dizer o que virá amanhã,
se houver amanhã.
Ninguém está ao abrigo
das chuvas repentinas da vida,
das torrentes que podem levar tudo,
dos males que podem atingir o corpo e,
às vezes, a mente.
Apenas um minuto
e
tudo pode se transformar.
Então...
É melhor exercer a tolerância,
a bondade, a compaixão,
antes de julgarmos
se os outros estão certos ou errados,
se têm ou não razão.
E quando a tentação for grande
é bom lembrar-nos
do espelho
que poderá refletir a nossa imagem interior...
E como não sabemos
o que o amanhã nos reserva,
vivamos o dia de hoje com sabedoria
e
coração amoroso para com o próximo

Maria/Masha_