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sábado, dezembro 15, 2007

UM FELIZ NATAL A TODOS

NATAL À BEIRA-RIO

É o braço do abeto a bater na vidraça?

E o ponteiro pequeno a caminho da meta!

Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.

Da casa onde nasci via-se perto o rio.

Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!

E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...

Ó noite de Natal, que travo a maresia!

Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.

E quanto mais na terra a terra me envolvia.

E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me

À beira desse cais onde Jesus nascia...

Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?


David Mourão-Ferreira,
Obra Poética 1948-1988
Lisboa, Editorial Presença, 1988

domingo, dezembro 02, 2007

Mesmo... Mesmo